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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Contra-Cultura Cristã

Foto: Ariovaldo Carlos Jr. 
    Seguir a cultura gospel é agradável, quando em nome de uma paixão por Jesus, nos alienamos de tudo que é relevante no nosso meio, e de todos que não estão nele. Aliena-se das questões políticas, sociais e culturais em nome da fé. Ouse de forma sutil, investigar e coletar opiniões sobre algum tema teológico mal resolvido. As respostas vem como quem acha normal rasgar a bíblia, e ficar com a cultura. Vamos para o lado prático. Desde assuntos simples como vestimenta, aparência, opção musical, até questões mais complexas como hierarquia eclesiológica, opção política, costumes “espirituais”, respeito à “santa” casa de Deus, ignoram completamente o ponto de vista bíblico, e escolhem como referencia a cultura que é passada de pais para filhos dentro da igreja de hoje, com tanto zelo. Deus tenha misericórdia. 
   Já a contra-cultura se torna agradável, não pelo conforto que proporciona (até porque não é nenhum pouco confortável), mas pela adrenalina de sonhar um dia, talvez, salvar o mundo. Ir contra tudo que parece normal, agoniar-se com o que traz estagnação, rebelar-se contra o que foge do conceito de evangelho da graça, são algumas da posturas do adepto da contra-cultura. Eu, particularmente, os chamaria de neo-reformistas.
  Mesmo sem querer rotular, acabamos por fazê-lo ao descrever quais grupos são predominantes no movimento contra-cultura. São eles os headbangers, punks, hippies, rastas, e todos aqueles gêneros do underground, que por sua vez não tem como ser desvinculado da contra-cultura nem do ativismo.
 Bandas de Hardcore, Death Metal, Screamo, Ska, Punk Rock, Reggae e outros estilos alternativos tem feito parte do circuito underground, levando a mensagem da cruz de forma diferente, e muitas vezes não aceita pelo Gospel, afinal sería difícil obter-se lucro de tais vertentes. Damos graças a Deus por não ser nosso, o público gospel.
  Mas como enxergar sem medo, e sem preconceitos, um louco, tatuado, enfeitado por piercings, gritando palavras de sabedoria e amor? A triste realidade é que o preconceito vem de quem não está fazendo o mesmo. As palavras de julgamento tem vindo daqueles que não saem da zona de conforto. Deixando de lado a hipocrisia, o adepto das missões underground, resolveu pagar o preço de deixar a pobre cultura de lado, e agarrar-se na certeza bíblica de que Cristo veio para todos, e seu amor e misericórdia são gratuitos. A graça de Jesus não depende de nossos atos culturais, não depende de nossos esforços. Pelo contrário, se dependesse estaríamos litelmente fritos.
  Até quando o evangelho do medo vai ser recitado nos palanques gospel? Até quando a igreja vai insistir em questões irrelevantes para a sociedade de hoje? E quando vamos entender que julgar o próximo não vai resolver o problema dele? Quando vai cair a ficha de que ter razão sobre o certo e o errado, não vai resolver a fome de quem não tem o que comer, nem o frio do mendigo sem coberta, nem a falta de escola para a criança do morro, nem a carência do homossexual, muito menos os distúrbios do viciado.
 Com essas indagações é possível entender o porque de um movimento como o contra-cultural estar crescendo tanto. Não creio que seja porque está se tornando modismo, mas sim porque não está na moda pensar no próximo, e os componentes desse movimento tem se rebelado contra tal absurdo.
 Chega de cultura presa à shows e marchas para um jesus que não se assentaria na mesa com cobradores de impostos, nem conversaria com prostitutas e leprosos. Um jesus de terno e gravata, que se corrompe com qualquer quantia em dollar. Um jesus de igrejas laranjas, que carrega consigo notas fiscais frias, e escrituras de haras e mansões no exterior.
 Nossa oração é que um dia nosso grito de revolta ecoe no meio da multidão surda, cega e muda. A multidão que se faz aleijada na obra do Senhor, há de um dia se tornar a minoria. E cantaremos juntos por um Jesus verdadeiro, que ama a todos independente de qualquer circunstância.
Filipe Fernandes    

Via: Solomon


9 Comentários...:

Mariáh disse... Responder comentário

Amei o texto, manas! *--*
Saudades de vocês, snif, snif...


Num mundo como o de hoje, fazer parte de uma contra-cultura, ainda que cristã, é considerado fora de moda. A moda é ganhar $ , né?
E gostei da expressão criada pelo autor "neo-reformistas", hehe.


Só um comentário a fazer sobre outro ponto.
Devemos aceitar todos os grupos citados no texto, mas nós, como igreja, não devemos ser como eles (os headbangers, punks, hippies, rastas). É uma questão não de contra-cultura nesse caso, mas de escândalo para os não cristãos.
Na minha igreja, é claro, tem gente com tatuagem, mas feita em tempos de ignorância.
A gente ensina a não fazer algo que pode prejudicar um irmão por ser escândalo pra ele.

Não me estranhem, sou de uma igreja neo-tradicional! hahaha


Beijõoooes! Amo ocês!

PAULO CESAR disse... Responder comentário

DEUS é maravilhoso!!!! me transformou!!!!! dou glórias a ele todos os dias!!!!! eu sou o cara da foto, nuitos não entende mas ele vai me usar ezatamente dessa forma, não sequindo a esteriótipos ditados pela raça humana hipócrita, que quer te manipular falando que isso e certo ou errado, chega de tanta hipócresia!!!! somos libertos em CRISTO JESUS ISSO QUE IMPORTA!!!!!

nic nic nic disse... Responder comentário

Muito bom o texto. Realmente a igreja tem que se levantar e sair da zona de conforto, parar de reclamar que não dá para agir porque precisa de mil e uma coisas e começar a agir com o que tem mesmo. A hora de fazer algo já passou, e pelo visto estamos atrasados!

Thayse Fidélis disse... Responder comentário

O problema é que muitos "vem como estão" e acabam infelizmente ficando como estão...

Onde está o ser luz do mundo, o fazer a diferença, o brilho de cristo???

Claro, nós como cristãos não podemos ser preconceituosos, mas nos conformar, achar que é normal, aceitar o que o mundo prega ser correto, compactuar com as coisas as quais Deus abomina?! Não, não foi para isso que fomos chamados!

Loucos Por Uma Causa disse... Responder comentário

@Mariáh Pois é, querendo ou não já fazemos parte da contra-cultura, né?! rs Realmente, não devemos fazer as mesmas coisas que os que não conhecem a Cristo fazem, e sim, mostrar a diferença através de nossas atitudes! Fica tranquila, Mari, nós também somos! ahaha

Beijão, mana louca! Amamos você ♥

Loucos Por Uma Causa disse... Responder comentário

@PAULO CESAR Amém, Paulo César! Glórias a Deus! Deus te transformou e te chamou pro Reino de Luz, e Ele quer te usar do jeito que você é, basta que você se coloque a disposição dEle! Louvado seja Deus pela sua vida, irmão! Deus te abençoe! Obrigada pela visita e volte sempre! Graça e Paz. (:

Loucos Por Uma Causa disse... Responder comentário

@Red Rose Falou tudo! Apoiadíssima! Enquanto ficamos parados buscando o "melhor" para nós, o mundo clama por salvação em Cristo! Graças a Deus que nos tem despertado. Que Ele nos use para ser Sua resposta nessa geração... \o

Loucos Por Uma Causa disse... Responder comentário

@Thayse Fidélis Realmente, querida, temos que ser luz e sal... E isso só conseguimos através de uma vida diária com Deus que se reflete em nossas atitudes... Somente através das nossas ações e do nosso dia a dia podemos mostrar o brilho de Cristo. E exatamente como você falou, não podemos ser preconceituosos, porque senão como vamos chegar à alguém que ainda não conhece a Deus e falar de Seu amor?! Temos que pedir a cada dia que o Pai nos ajude a nos esvaziar de todo pré-conceito e nos encher com Seu amor, que vai além de qualquer coisa...

Andre Moreira disse... Responder comentário

nóssa cara! realmente incrivel, o texto conseguiu expressar muito do que eu tbm acredito, temos que reter sempre o que é bom, mas com isso temos que ter cuidado pra não aceitar em tudo que vem de quem diz esta falando em nome de Deus. Quem se padroniza se limita muito!!

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