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segunda-feira, 28 de março de 2011

O dia em que me tornei mais humana...


O dia em que me tornei mais humana não foi o dia em que nasci, ou uma data comemorativa, foi um dia normal, como qualquer outro, sem muita diferença aparentemente...
Foi o dia no qual aprendi com Deus a não julgar as pessoas e sim, amá-las...
 Quantas vezes nos achamos no direito de julgar alguém porque pensamos ser "melhores" que essa pessoa? Diariamente fazemos isso ao olhar para alguém e achar que se ele está passando por uma dificuldade é porque está em pecado, ou quando olhamos para aquele que pertence à outra religião e o evitamos porque ele não é "digno" de que conversemos com ele. Infelizmente somos assim. Apressados em julgar, em apontar o erro, mas demorados a amar, a ajudar. Falamos tanto de amor, mas na hora de ajudar o cara que está todo errado, simplesmente não podemos: ele é errado demais para que o amemos. Que amor é esse? Que se limita a condições, a circunstância, a aparência? 
   O dia em que me tornei mais humana foi quando Deus me fez entender que aqueles que eu pensava serem os "errados" também tinham sonhos como eu, também sentiam o que eu sinto, e principalmente, eram tão necessitados do amor d'Ele quanto eu. Às vezes nos acomodamos com o fato de sermos salvos, de procurar ter  uma vida de santidade e de sermos usados por Deus, e acabamos achando que por isso somos melhores diante do Pai... Terrível engano!  Somos TODOS NECESSITADOS da graça divina, FALHOS, IMPERFEITOS, PECADORES, PODRES e IMUNDOS pelo pecado. Se hoje temos a salvação e vida nova com Cristo é pela graça do Pai, pela Sua misericórdia e amor, e não por méritos próprios ou boas obras (Efésios 2.8-9). 
  Quantas vezes agimos como os fariseus que se gloriavam por cumprir a tradição, seguir a lei, mas na hora de amar ao próximo "escolhiam" quem queriam amar? Não somos assim também? Abraçamos o que nos convêm, mas rejeitamos o dificultoso. É como segurar uma rosa e não querer se espetar com os espinhos. Queremos salvar vidas, mas levar a salvação, morrer para nós mesmos, abrir mão do orgulho, do legalismo farisaico, não. Será que Jesus também escolheu por quem Ele morreu na cruz? É claro que NÃO! Jesus morreu por todos, sem exceção de ninguém. Jesus deu a vida d'Ele pelo pior dos piores pecadores, Ele morreu a nossa morte, em nosso lugar, não porque merecíamos, mas porque Ele nos ama. Cristo se entregou por amor a todos, e nós queremos escolher à quem vamos amar?!  "Ah, esse aqui não, ele é cheio de defeitos..."  "Ah, aquele ali tá todo errado, tá na carne..."  "Ah, aquele lá não merece..."  
   E quem merece? Quem merece a salvação? NINGUÉM! Não merecemos ser salvos, mas ainda assim Deus nos ama e nos dá a oportunidade de obtermos a salvação. A salvação é de graça e pela graça. Deus só quer em troca o nosso coração e nosso amor por Ele.
 Jesus mandou amar a todos, sem olhar aparência, estilo, classe social ou status, a TODOS. Amar é o contrário de julgar. Quem somos nós pra julgar alguém? "O sujo falando do mal lavado"... Só Deus é quem pode nos julgar (e Ele julgará!).
 Nosso papel não é condenar, é pregar a salvação; não é julgar, é amar. 
  O dia em que me tornei mais humana descobri que não me tornei mais humana, e sim, mais parecida com Cristo ao amar ao invés de julgar, ao ajudar ao invés de apontar, ao abraçar ao invés de atirar pedras.
   Obrigada Jesus, por aquele dia!


 Termino com as lindas e sábias palavras de Jesus, que também possamos falar isso:
"E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo".     João 12.47


Aprendendo com Cristo a amar:
                                              Débora.



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